A Personalização do Marketing e a Privacidade

A personalização do marketing para os consumidores com base nos dados gerados por eles é fundamental para os negócios atualmente. Mas é preciso encontrar o ponto de equilíbrio para que essa estratégia não ultrapasse o limite entre o benefício e a invasão da privacidade do cliente.

 

Conforme pesquisa realizada pela Adobe, 67% dos entrevistados afirmaram que é importante para os usuários obterem conteúdo personalizado, baseado em seu contexto atual. E 42% responderam que conteúdos não personalizados são inoportunos. Ou seja, a personalização, além de ser benéfica para os negócios, também agrada ao consumidor.

 

Em uma outra pesquisa de 2019, da RSA Security, restou constatado que apenas 17% dos entrevistados responderam que os anúncios personalizados eram éticos. A linha entre “relevância” e invasão de privacidade é muito tênue, o que coloca em evidência a necessidade de envolver o consumidor nas decisões sobre o que ele quer ou permite que seja personalizado, para não haver nenhum tipo de desconforto com relação à personalização. Afinal, quando o usuário participa da decisão, as chances de qualquer tipo de desconforto ocorrer são muito menores.

 

A própria Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se encarrega de regular essas questões, garantindo o “opt-in”, que é quando o usuário consente o uso de seus dados pessoais. A normativa cria também uma série de regras de governança para as empresas lidarem com os dados do usuário da maneira mais ética possível, sempre para melhorar a experiência em benefício do usuário.

Giuntini Advocacia